
” … Se meus olhos mostrassem a minha alma, todos, ao me verem sorrir, chorariam comigo … ”
Kurt Cobain
Faz um tempinho que terminei de ler a biografia do Kurt Cobain (“Mais pesado que o céu/paraíso” do Charles R. Cross lançado no Brasil pela editora Globo) e tenho digerido sua história de vida.Sua infância marcada pelo divórcio dos pais, adolescência conflitada tendo que dormir na casa dos outros e já na fase adulta, seu envolvimento com o sucesso e as drogas, tudo isso agregado a uma dor insuportável de estômago, cuja razão nenhum médico sabia o porquê.
Confesso que gosto de Rock, apesar de não ser mais um adolescente sempre ouço bandas que me cativaram nessa fase de minha vida,quando conheci o Nirvana, seu vocalista já havia se matado há uns 3 anos e só vim descobrir isso pela televisão, já que onde eu morava não passava nenhum canal musical interessante e também não tínhamos computador e muito menos internet, que nos idos dos anos 90 era surreal pelo menos pra mim que era um legítimo filho da classe operária, apenas um eufemismo para: pobretão.

Para mim, ser “roqueiro” era bastante conveniente, pois além da atitude que eu achava que tinha, ao usar uma calça jeans velha (pois só ganhava uma por ano) e um tênis (que também só ganhava um par por ano, e usando-o para todo e qualquer evento social, inclusive para ir à escola), qualquer camisa preta ou de banda me fazia um “rebelde do rock”, já que quando eu era adolescente só quem conseguia pegar mulher era quem freqüentava casas de pagode ou era muito “bonito” ou tinha $abedoria $uficiente para $e dar bem com as mulheres, eu não tinha nenhuma dessas qualidades.
Juntando isso a vinhos baratos (vinho carreteiro) e acordes mal executados em violão de nylon e um pouco de revolta(medo) que é bem peculiar a alguns adolescentes me considerava “roqueiro”, mas do tipo que não se drogava e não tinha as chaves de casa, para não chegar em casa de madrugada, pois meus pais só dormiam quando eu estivesse sã e salvo em casa na frente da TV rsrsrsrsr.
Quando eu terminei o livro sobre kurt cobain fiquei um pouco estarrecido como as pessoas não enxergavam o sofrimento dele! o cara era um maníaco-depressivo desde os 9 anos de idade! Ele estava dando todos os sinais de que iria dar cabo da própria vida!
RIP Kurt…
Lembro que fiquei algum dias triste por causa do livro(mesmo sabendo de cor o final dele), eu sou fã da banda e sempre ouço as músicas e depois do livro começo a perceber a fúria e frustração que ele sentia e que sua letras

explicitavam com a coragem que os gênios têm para expor seus sentimentos.
Senti-me um velho após a leitura do livro, um velho ranzinza e frustrado, mas quando eu me olhava no espelho eu ainda era jovem…
Minha vida “Smells Like Teen Spirit” parece um mar de rosas, comparada com a que à dele foi, mas cada um sabe a vida que tem e os problemas que enfrentou e enfrenta pra continuar vivendo e sonhado em ser uma pessoa melhor e casar e por crianças no mundo, que vão correr e voar no seu pescoço quando você chegar cansado física e mentalmente do trabalho.
Às vezes acho isso muito comovente, às vezes acho um super clichê, às vezes fico encantado com algumas atitudes das pessoas que convivem comigo ou pessoas que mal conheço. Quando eu era adolescente eu achava todas as pessoas ridículas, mas percebia que muitas vezes eu era muito mais que elas…
Ouvindo: Nirvana – Sappy
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![[Resenha] Lebre da Madrugada – Arthur Malvavisco Capa do livro. Ilustração com um fundo roxo. Em primeiro plano, uma lebre branca, ao redor dele, ocupando o restante da capa, diversos objetos, uma garrafa, duas flores distintas, uma pena escura, uma pinça, uma tesoura e uma faca com cabo estilizado. No topo, o título do livro em branco com fonte estilizada.](https://leitorcabuloso.com.br/wp-content/uploads/2022/08/LebreDaMadrugada-Site-696-390.jpg)
![[Resenha] A cidade de bronze – S. A. Chakraborty Capa do livro. No fundo, um céu escuro, com alguns pontos luminosos no topo. Na base, uma perspectiva de horizonte com a silhueta de algumas construções em arquitetura árabe em dourado, e uma pessoa caminhando vista bem de longe. Do local dessa pessoa emana uma luz com labaredas amarelas que vão até o topo da capa avermelhando-se. No centro da capa uma mandala, e em primeiro plano o título do livro.](https://leitorcabuloso.com.br/wp-content/uploads/2022/08/ACidadeDeBronze-Site-696-390.jpg)
![[Resenha] Olhos d’água – Conceição Evaristo Capa do livro. Ilustração do rosto de uma pessoa, mostrando apenas o olho, ocupando toda a capa, o olho é castanho, e a pele em tom marrom, tons azuis abaixo do olho mostram que a pessoa está chorando. O fundo é branco. No topo o nome da autora, e logo abaixo o título do livro em azul.](https://leitorcabuloso.com.br/wp-content/uploads/2022/08/OlhosDagua-Site-696-390.jpg)
![[Resenha] Homens de armas – Terry Pratchett Capa do livro. Ilustração cartunesca em tom amarelado mostra um grupo de aventureiros medievais. No grupo faz parte uma guerreira que está a frente, seguida de um guerreiro, do outro lado um homem baixo carregando um machado, mais atras uma criatura semelhante a um ogro, do outro lado mais um guerreiro com machado e um pequeno dragão no ombro. Eles percorrem uma caverna. No topo, o nome do autor e título do livro. Na ponta superior direita, uma faixa com o texto "Discworld"](https://leitorcabuloso.com.br/wp-content/uploads/2022/08/HomensDeArmas-Site-696-390.jpg)
![[Resenha] De Lukov, com amor – Mariana Zapata Capa do livro. Fundo com manchas brancas e azuis claras formando uma textura parecida com gelo. Ocupando toda a capa, um buque de rosas. Em primeiro plano, o titulo do livro ocupando toda a capa, e no centro o texto "Autora bestseller do New York Times e USA Today, Mariana Zapata"](https://leitorcabuloso.com.br/wp-content/uploads/2022/08/DeLukov-Site-696-390.jpg)


