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Pindorama T01E12 – Todas as mulheres da minha vida eram loucas

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Fundo azul escuro. Logo do podcast acima e à esquerda. Abaixo da logo, lê-se Temporada 1, Episódio 12, com logo do Leitor Cabuloso abaixo. À direta, em laranja claro, lê-se Todas as mulheres da minha vida eram loucas e, em branco, Deborah Happ.
Fundo azul escuro. Logo do podcast acima e à esquerda. Abaixo da logo, lê-se Temporada 1, Episódio 12, com logo do Leitor Cabuloso abaixo. À direta, em laranja claro, lê-se Todas as mulheres da minha vida eram loucas e, em branco, Deborah Happ.

O Pindorama é um podcast quinzenal sobre contos de ficção científica nacional. Neste episódio, nós comentamos o conto “Todas as mulheres da minha vida eram loucas, de Deborah Happ, publicado na Revista RaiMundo, no verão de 2018, na seção intitulada “Nebulosa: ficção científica escrita por mulheres”.

Participam Rodrigo Hipólito, Ana Rüsche e Domênica Mendes.

Sinopse: Em uma narrativa em primeira pessoa, a personagem nos conta que está convencida de que é capaz de ver o futuro. Depois de tomar o chá do xamã da floresta, ela passa a confiar mais nas vozes que lhe dizem que ela é capaz de ter visões do futuro. Mas, isso também poderia significar que ela está ficando louca, afinal, essa é outra coisa que as vozes tanto da sua cabeça quando de outras pessoas, sempre lhe disseram. 

O episódio comenta as principais características desse conto, como: a forma do conto curto, a tecnologia na ficção científica, a sobreposição de linhas temporais, os estereótipos atribuídos às mulheres.

Algumas indicações e menções do programa já foram abordados em outros podcasts aqui do Leitor Cabuloso. Se sentiu curiosidade em ver, você pode acessar esse conteúdo nos links abaixo:

Outras menções e considerações estão listadas abaixo, com os links onde você pode adquiri-las diretamente. Bom episódio para você!

Obras e links mencionados

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Participantes do episódio

Próximo episódio

Noveleta, “A desconexão telepática e seus abalos sísmicos”, de Ana Rüsche, publicado na Mafagafo 02.

My Best Seller – mybest Brasil

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Imagem da capa do livro O Nome do Vento, de Patrick Rothfuss. No canto da capa, tem um marcador de página com a imagem de um cavaleiro medieval.

A mybest Brasil me convidou para falar para vocês qual é o meu best-seller favorito! Claro que eu tinha que indicar O Nome do Vento!

Para ver minha resenha e a de mais 10 indicações de outros best-sellers, visite o site da mybest Brasil: https://mybest-brazil.com.br/18975

Tem muita coisa bacana que você vai encontrar lá!

#publi

Pindorama T01E10 – Esperança nas alturas

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Fundo azul escuro acinzentado. Logo do podcast acima e à esquerda. Abaixo da logo, lê-se Temporada 1, Episódio 10, com logo do Leitor Cabuloso abaixo. À direta, em verde claro, lê-se Esperança nas alturas e, em branco, Kali de los Santos.
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O Pindorama é um podcast quinzenal sobre contos de ficção científica nacional. Neste episódio, nós comentamos o conto Esperança nas Alturas”, de Kali de los Santos, Publicado na edição especial da Revista Trasgo. O conto pode ser lido gratuitamente em: https://trasgo.com.br/esperança-nas-alturas/

Participam Rodrigo Hipólito, Dennis Almeida e Jana Bianchi.

Sinopse: A Revolução do Carro Voador evidenciou o abismo da desigualdade socioeconômica no Brasil. Afastada do chão, em seus arranha céus e carros voadores, a elite brasileira agradeceu o fim do SUS, do ensino público e a instituição de um sistema de castas. Abandonados no chão, os pobres são pressionados até se rebelarem. Só que a verdadeira revolução nunca é pacífica. 

O episódio comenta as principais características desse conto, como: literatura e discurso político, o pressuposto de que “panfletário” significa algo negativo ou sem valor artístico, as diferenças de receptividade dos públicos para contos de teor político contundente e a frustração por não termos nos nossos carros voadores.

Obras e links mencionados

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Próximo episódio

Conto Existência, de Lu Ain-Zaila. publicado Revista RaiMundo, em 2018.

Pindorama T01E09 – Aranha

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Fundo verde escuro. Logo do podcast acima e à esquerda. Abaixo da logo, lê-se Temporada 1, Episódio 9, com logo do Leitor Cabuloso abaixo. À direta, em laranja, lê-se Aranha e, em branco, Sérgio Motta.
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O Pindorama é um podcast quinzenal sobre contos de ficção científica nacional. Neste episódio, nós comentamos o conto “Aranha“, de Sérgio Motta, Publicado na edição especial da Revista Trasgo. O conto pode ser lido gratuitamente em: https://trasgo.com.br/aranha/

Participam: Rodrigo Hipólito, Dennis Almeida e Jana Bianchi.

Sinopse: O menino Heitor cuida da irmã mais nova e ajuda a irmã mais velha e a mãe, enquanto coleciona histórias da capital paulista. As histórias ancestrais que sua mãe contava despertaram, em Heitor, a vontade de ouvir todas as narrativas do mundo. Na Praça da Sé, centro nervoso das histórias da metrópole, o menino conhece o velho que parece mais antigo do que a cidade e com o qual Heitor possui uma ligação mais profunda do que imagina.

O episódio comenta as principais características desse conto, como: narrativas ancestrais, fábulas africanas, memória diaspórica, animismo africano, racismo estrutural e relações pessoais com a cidade.

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Próximo episódio

Conto Esperança nas Alturas, de Kali de los Sanatos. Publicado na Strange Horizons e traduzido na edição especial da Trasgo.

Pindorama T01E06 – Ciberbochicho

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Fundo verde claro. Logo do podcast acima e à esquerda. Abaixo da logo, lê-se Temporada 1, Episódio 6, com logo do Leitor Cabuloso abaixo. À direta, em azul escuro, lê-se Ciberbochicho e, em branco, Sergio Motta.
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O Pindorama, podcast quinzenal sobre contos de ficção científica nacional, apresenta seu sexto episódio! O programa comenta o conto “Ciberbochicho”, de Sergio Motta.

Publicado na Mafagafo Revista 02, disponível em: https://mafagaforevista.com.br/edicao-2/ 

Participam Senhor Basso, Ana Rüsche e Fernanda Castro.

O cantor Franz Delegarza revolucionou a música tocando acústicos. Em meados século XXII, isso é alguma coisa. Mas bombou mais do que nunca quando foi flagrado ao desligar (para muitos, matar) uma inteligência artificial. O juiz do caso: outra inteligência artificial.

Embora eficiente, é sindicalista pelos direitos cívicos das IAs, e a treta está plantada. O julgamento ainda acontece enquanto a polêmica sobre IAs serem consideradas vivas ou não está no Congresso, na boca do povo e nos trending topics. A polêmica do cantor gera reportagens especiais em programas sensacionalistas, hipertextões nas mídias sociais, discussões em chats de família e até shows stand-up de um comediante robô.

O episódio comenta as principais características desse conto, como: estruturas de narrativas seriadas, excessos de elementos e futilidades de discussões contemporâneas, a comunicação por memes, direitos de inteligências artificiais, o humor do absurdo, os novos pactos do trabalho e as “novas mídias retrô”.

Obras e links mencionados

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Participantes do episódio

Próximo episódio

Conto (Não tão) Perto do fim de Lauro Kociuba. Publicado na Mafagafo 02.

Se gostou de Dark, vai adorar Matéria Escura

Montagem com as imagens de Dark e a capa do livro Matéria Escura. À esquerda cena com um dos pesonagens de casaco amarelo entrando em uma caverna, no centro um raio amarelo dividindo a vitrine, à direita a capa do livro Matéria Escura, com um fundo de uma imagem do espaço sideral. No topo à direita, uma faixa branca com o texto: Coluna - Se gostou de Dark, vai adorar Matéria Escura. Na base o logo do Leitor Cabuloso, e uma borda amarela em volta da vitrine
Montagem com as imagens de Dark e a capa do livro Matéria Escura. À esquerda cena com um dos pesonagens de casaco amarelo entrando em uma caverna, no centro um raio amarelo dividindo a vitrine, à direita a capa do livro Matéria Escura, com um fundo de uma imagem do espaço sideral. No topo à direita, uma faixa branca com o texto: Coluna - Se gostou de Dark, vai adorar Matéria Escura. Na base o logo do Leitor Cabuloso, e uma borda amarela em volta da vitrine

Quem sou eu? Tenho que entender quem eu sou para entender a vida que tenho? Ao assistir Dark ou ler Matéria Escura, podemos ser resumidos a um monte de escolhas provocadas por acontecimentos que não temos controle enquanto nos perguntamos se podemos questionar a inevitabilidade de um destino. As duas obras não só questionam esta suposta verdade, elas também demonstram o porquê esse conceito é tão plausível.

Pequenas e grandes escolhas

Ao se pensar em escolha, o primeiro pensamento sempre está relacionado a algo grande. “Se eu tivesse feito aquela faculdade tudo seria diferente”, “Aquela casa que eu não comprei valorizou muito e ainda continuo aqui pagando aluguel”, “Deveria ter tentado dar mais uma chance antes de pedir o divórcio”. Tanto Dark quanto Matéria Escura mostram que decisões importantes são frutos de toda uma existência, de toda uma cadeia de pequenas escolhas.

Escolher é o que nos molda e cito Urich da série Dark como exemplo. O pai de Mikkel não age de forma impulsiva e comete atrocidades porque durante toda a vida escolheu a culpa pela perda do irmão em vez de tentar conviver em uma realidade que coisas horríveis simplesmente acontecem. Na ânsia de remover tudo o que há de ruim dentro de si com um único feito, ele comete a pior das atrocidades. E durante as temporadas o mesmo conceito é utilizado com diversos personagens.

Em Matéria Escura, gosto de acreditar que Jason não encontrou Daniela por acaso. O protagonista do livro queria uma vida além do trabalho. Alguém obcecado pela ciência não se permitiria ir em uma festa. Sempre quando lembro da leitura o imagino perambulando sozinho por meio de computadores e quadros com cálculos enquanto se imagina em outro local. Dia após dia alimentando um desejo de viver um amor e criar uma família e nutrindo uma grande escolha.

Já se encontrou com a pior versão de si mesmo?

Em muitas obras que retratam universos paralelos o protagonista se encontra com a pior versão dele. É comum esta versão ser alguém todo de preto, com uma risada maligna e pronto para cometer atos terríveis. Ambas as obras usam este conceito de realidades paralelas e outra versão de forma interessante.

Não citarei nomes porque não quero gerar um spoiler gigantescos. Digo apenas que as obras me fizeram pensar que a pior versão de uma pessoa, perdida em alguma realidade paralela, pode ser alguém incapaz de lidar com a depressão em vez de um vilão caricato. Também pode ser uma pessoa que se cansou de tentar, de viver um ciclo eterno, e quer apenas o fim. Duas obras que usam um conceito clássico da ficção científica para provocar reflexão. Por muitos momento parei no meio da série ou do livro e me perguntei:

“Sou a pior versão de mim mesmo?”

Em algum universo paralelo existe outro Wesley que soube lidar melhor com os problemas? Pensamentos surgiram e para combatê-los assumi a mesma postura dos protagonistas de Dark e Matéria Escura:

“Não importa que mundo é esse, de que forma foi gerado ou se é só mais uma versão, farei o meu melhor”.

A construção

Deve-se ser elogiada a obra audiovisual como também a literária a respeito da construção das versões “darks” criadas de alguns personagens. Nas duas há verossimilhança e um cuidado especial com cada detalhe. E, apesar de não concordar com as justificativas, entendi os motivos das contrapartes apresentadas.

Carinho com a ciência

Os artistas de ambas as obras têm carinho e admiração pela ciência. Não vi um cientista que substituiu a lousa pela TV ou pelo livro para dar uma aula chata para o público. Tudo o que precisa ser explicado para a narrativa ser compreendida estão nas obras e são explicadas de maneira interessante.

Senti que eles quiseram introduzir o tema para instigar a curiosidade, a pesquisa. São como professores que contam histórias, dramatizam ou até mesmo desenham para mostrar como a ciência é interessante. É fácil imaginar um amontoado de dias de escrita, seja de um roteiro ou de um livro, e tendo como combustível a animação em relação às realidades paralelas.

O ponto de desconexão

Matéria Escura e Dark começam com um grande mistério ao melhor estilo thriller investigativo que se dissolve para algo maior. Há momentos em que as obras se assemelham no tom pesado. Porém, a obra literária, ao contrário da audiovisual, perde este clima mais pesado. Se o que te chamou mais atenção na série foi o tom e não os elementos, não sugiro a leitura do livro. Agora, se você adorou os elementos e quer vê-los sendo abordados de outra forma, o livro é uma excelente escolha.

E se depois da leitura da obra de Blake Crouch surgir uma vontade de mergulhar nos elementos e ver eles se expandirem para mais de um personagem, a série da Netflix será uma experiência maravilhosa.

Se você procura uma resenha para o livro Matéria Escura, você acabou de encontrar AQUI.

Pindorama T01E04 – Corpo escuro

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Fundo violeta. Logo do podcast acima e à esquerda. Abaixo da logo, lê-se Temporada 1, Episódio 2, com logo do Leitor Cabuloso abaixo. À direta, em azul escuro, lê-se Corpo Escuro, e em branco, Jarid Arraes.
Fundo violeta. Logo do podcast acima e à esquerda. Abaixo da logo, lê-se Temporada 1, Episódio 2, com logo do Leitor Cabuloso abaixo. À direta, em azul escuro, lê-se Corpo Escuro, e em branco, Jarid Arraes.

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O Pindorama é um podcast quinzenal sobre narrativas curtas de ficção científica nacional Este episódio comenta o cordel Corpo Escuro”, conto de Jarid Arraes. Publicado na Coletânea Universo Desconstruído, Vol. II — o conto pode ser lido gratuitamente em: http://universodesconstruido.com/ 

Participam Samuel Muca, Rodrigo Hipólito e Jéssica Souza.

No ano 3000, um processo de branqueamento começa a ser vendido no sertão. Jana, uma mulher negra que sofreu com o racismo ao ponto de detestar o próprio corpo, trabalha em empregos degradantes até juntar o dinheiro para pagar o processo de branqueamento. Como branca, ela passa a ser tratada como um ser humano, mas descobrirá que essa é uma falsa felicidade.

O episódio comenta as principais características desse cordel, como a musicalidade própria da narrativa de Jarid Arraes, a apresentação de cenários e personagens de modo direto e impactante, a identificação com as experiências da personagem, a necessidade de ser antirracista e aceitação e o orgulho de ser você.

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Próximo episódio

Conto <deletado>, de Rodrigo Assis Mesquita. Publicado na Mafagafo 01.

 

Pindorama T01E03 – Boneca

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Fundo violeta claro. Logo do podcast acima e à esquerda. Abaixo da logo, lê-se Temporada 1, Episódio 2, com logo do Leitor Cabuloso abaixo. À direta, em verde escuro, lê-se Boneca, e em branco, Clara Madrigano.
Fundo violeta claro. Logo do podcast acima e à esquerda. Abaixo da logo, lê-se Temporada 1, Episódio 2, com logo do Leitor Cabuloso abaixo. À direta, em verde escuro, lê-se Boneca, e em branco, Clara Madrigano.

O Pindorama é um podcast quinzenal sobre narrativas curtas de ficção científica nacional Este episódio comenta o conto “Boneca”, de Clara Madrigano.

Publicado na Coletânea Universo Desconstruído, Vol. II — o conto pode ser lido gratuitamente em: http://universodesconstruido.com/ 

Participam Samuel Muca, Rodrigo Hipólito e Jéssica Souza.

Ari está presa em um porão. Ela sai do porão apenas para jantar com David, o homem que a mantém presa. Enquanto lê o diário de Mary Louise, a menina que estava em seu lugar antes, Ari deixa crescer sua vontade de escapar. Quando ela consegue fugir e chegar a uma delegacia, a polícia a devolve para as mãos de David e para o porão. Ari tem que aceitar que é um robô e conseguir fugir de vez, antes que David a reprograme novamente.

O episódio comenta as principais características desse conto, como a subversão de aspectos da tradição de representações de robôs na ficção científica, o medo da tecnologia, os direitos de agentes não-humanos e os limites da moralidade.

Obras e links mencionados

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Próximo episódio

Cordel Corpo Escuro, de Jarid Arraes. Publicado na Universo Desconstruído Vol. II.

[Resenha] Fabulário – Clóvis Giraldes Jr

Recorte da capa do livro. Um fundo azul escuro. Alguns traços finos e abstratos preenchidos em roxo, formam uma imagem que lembra a de um rosto. No topo à esquerda o título Fabulário, em roxo, e abaixo o nome do autor.
Recorte da capa do livro. Um fundo azul escuro. Alguns traços finos e abstratos preenchidos em roxo, formam uma imagem que lembra a de um rosto. No topo à esquerda o título Fabulário, em roxo, e abaixo o nome do autor.

Em um mundo que muitos desejam aplicar uma visão moral para toda sociedade há espaço para os ensinamentos das fábulas? Na obra Fabulário de Clóvis Giraldes Jr o gênero se atualiza, é palco para experimentações e faz ótimas críticas sociais através de uma compilação de histórias curtas.

Em Fabulário não temos um cenário padrão, moral no final ou um tema em específico. A condução é feita através do fabular. A falta de preocupação com a linearidade é substituída pela criatividade, fazendo a sensação de curiosidade se manter viva a cada encerrar de uma fábula. Esse se arriscar, experimentar e querer criar algo novo a cada novo inicio é uma marca registrada da obra. Porém, é preciso salientar que o criativo tem o seu foco no literário, criando diversas vozes no texto.

Quanto mais melhor!

Narrar é a grande arte por trás da escrita. Sentir a voz do narrador, ver o estilo dele e entender o que o motiva a contar uma história é que me faz admirar um livro. Clóvis brinca com as vozes, e no Fabulário escutei um arauto que conta uma historia para todos ouvirem em uma praça; acompanhei um cronista que retrata a alma de uma cidade; me empolguei com narrador esportivo e foi difícil não se emocionar com uma voz poética que se interessou pelos pequenos detalhes de um lugar abandonado. Essas são algumas que destaco e você pode gostar das outras. Além disso, cada uma delas tem um tom. Encontrei o melancólico, o reflexivo o acadêmico… e notei que o autor gosta de trabalhar com o humorístico.

Modernização orgânica

Clóvis sabe ser acido nas criticas sociais, porém, a fábula que mais chamou a minha atenção trabalha com a sutileza. Nesta história em específico, todo o atualizar do fabular não está em reverter o conceito de fábula, embaralhar as peças que formam o gênero ou atribuir um tom dinâmico. Ao inserir de forma sutil problemas contemporâneos (trabalho, identidade, aceitação, culpa e viver em sociedade) o livro ganha um ar de moderno, contemporâneo.

Trocar e refletir

Um animal, através do instinto, sabe qual a sua função na floresta. Ele não a contesta e não é contestado. Ver os animais sendo utilizado em problemas da sociedade atual cria um contraste interessante em toda obra.

Inerte, a meu lado, há um semelhante àquilo que fui, antes do estalo. Ele também um envoltório para alguém, que se foi. Ainda que de pé sobre as as patas, meio emborcado. Sem que possamos nos unir, ainda que tão pequena distância nos separe.

Porque assim são alguns destinos: nascer para a translucidez – trecho do livro p.38)

Querer ir até o limite de um gênero

Pensei que as fabulas modernizadas e o utilizar/arriscar de vozes era o limite do autor. Ainda bem que estava errado. Há uma história em Fabulário que encara o gênero como uma fonte para se pensar em religiões. O autor utiliza de um elemento recorrente nas fábulas, cria uma concepção de mundo que pode ser encarada como uma religião e convida o leitor a pensar nas infinitas possibilidades. Tentar algo desta maneira é querer atingir os limites e isso chama a atenção.

Julgue um livro pela capa

A capa de Fabulário, onde a figura de um homem se mistura a uma pantera, sintetiza boa parte da obra. Contar com uma ilustração deste porte ao final de cada história seria uma grande exigência. Entretanto, entre algumas fábulas há ilustração e em outras não. Não entendi o porque desta escolha e ela deixa um gosto de “quero mais”. Detalhe que não gera nenhuma interferência na qualidade do livro.

Estimule, é bom estimular

Um convite para ver o atualizar das fábulas, uma bela coleção de vozes narrativas e muita criatividade. Fabulário merece a atenção de não só de entusiastas do gênero como também de qualquer leitor que desejar ter a imaginação estimulada com histórias criativas.

Nota

Quatro selos cabulosos e meio. A nota mais alta são 5 selos cabulosos.
Quatro selos cabulosos e meio. A nota mais alta são 5 selos cabulosos.

 

 

 

 

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Ficha técnica

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Nome: Fabulário
Autor: Clóvis Giraldes Jr.
Edição:
Editora: Patuá
Ano: 2019
Páginas: 101
ISBN: 9788582978818
Sinopse: “Pai, perdoai-me, porque pequei.

Lembrai de quando me colocastes neste galinheiro? Por Vosso desígnio, um ovo desigual fora chocado juntos aos outros. Ainda assim, posso afirmar ter sido bem acolhido, apesar do meu porte desengonçado e das estranhas penugens pretas que me afloravam. Era já indício de Vossa mercê.”

Primeiro livro de contos de Clóvis Giraldes Jr.

Se gostou de GOT, vai adorar Black Sails

Crônicas de Gelo e Fogo é a obra que popularizou o termo spoiler. O sucesso tem como matriz a série de TV GOT da HBO que teve um orçamento longe de ser modesto? Acredito que uma narrativa sem maniqueísmo foi a peça central para conquistar a atenção do público. Personagens que matam, traem, manipulam e sofrem para satisfazer desejos mesquinhos combinam melhor com a realidade. Colocar dezenas de personagens com este perfil em um mesmo universo fantástico transforma uma narrativa em um jogo. Se gostou de GOT, então também vai gostar da série de TV Black Sails.

O segredo é não tentar replicar

Em Crônicas de Gelo e Fogo, Porto Real é o ponto central da cobiça. Um local, um personagem tão desejado onde casamentos forçados, assassinatos e estratégias de guerra circulam em movimentos constantes. O leitor entende o porquê a cidade atrai os personagens. Sim, a capital dos Sete Reinos vive para transformar os grandes e os pequenos. E toda essa construção é simbolizada por um trono cravado por centenas de espadas que já foi ocupado por loucos domesticadores de dragões. Como replicar isso?

Black Sails se espelha na ideia e não copia os elementos da obra de Martin (castelos, era medieval, dragões, casas nobres, casamentos e cavaleiros). A ilha de Nassau, o principal cenário da história do capitão Flint, não é só marcada por um ponto de venda de mercadorias pilhadas por piratas. A ilha, tão bela como uma joia preciosa, nasceu para ser uma colônia inglesa, porém, muitos querem controlá-la. Uns por vingança, outros para mostrar que a civilização pode alcançar qualquer ponto do mundo, um dentre tantos gosta do que ela representa e não posso me esquecer daqueles que a querem por motivos pequenos ou pessoais.

O jogo

Personagens se movimentam cada uma de uma forma para ter mais poder ou o poder por completo. Um jogo que chama a minha atenção, independente de ser jogado em meio a uma embarcação no oceano ou dentro dos muros de um castelo. E um fato que tornam as duas obras tão semelhantes em seus conceitos, são as formas diferenciadas que os personagens olham o tabuleiro. Será difícil esquecer como Flint, Max, Vane, Tyrion, Mindinho e Cersei olhavam as peças e o jogar.

Relação entre personagens

Não temos personagens que são cópias uns dos outros. Gosto de pensar que se eles sentassem juntos em uma mesa teriam muito o que conversar. De início cito Cersei e Eleanor. Duas mulheres de personalidade forte​ e que desejam provar para os pais que são capazes de liderar.

John Silver não é tão sagaz como Tyrion. Também é seguro dizer que o simples homem que fingiu ser um cozinheiro de um navio não possui a mesma carência que o terceiro filho da casa Lannister. O ponto que une os dois é em relação ao jogar. No começo das histórias via em ambos o desejo de apenas seguir, de apenas sobreviver. Conforme o afunilar das tramas prosseguiam e as apostas aumentavam, ambos foram colocados em posição de destaque. Para continuar citando os personagens, tenho que omitir os nomes afim de não oferecer nenhum spoiler. Entretanto, destacarei um tema.

Vingança é um dos fios condutores de histórias mais velhos que existem. Nas Crônicas de Gelo e Fogo e em Black Sails a vingança se torna obsessão em alguns personagens. Fica nítido como o sentimento corrosivo devora os limites morais e transforma toda a personalidade em um único tom cheio de escuridão.

O poder das histórias

Nos livros do Martin sempre gostava de ouvir a respeito da histórias das casas. Ler sobre a linhagem dos Targaryen dava peso para toda a obra e eu entendia as atitudes daqueles que adoravam os dragões. Em Black Sails, as histórias contadas são mais importantes que os ventos em um navio. São elas que animam os piratas para uma batalha ou instigam revoluções. E graças a elas nomes comuns viram lendas dos mares.

É a sua vez

Esses são apenas os pontos de maior evidência. Há também a questão do lugar praticamente oculto que ganha destaque, a falta de pudor em matar personagens e eu até poderia fazer uma relação entre as casas mais fortes e os colonizadores. Vou fazer e entregar todo o jogo? Veja o movimentar das peças, sejam elas em Black Sails, na série GOT ou nas Crônicas de Gelo e Fogo. Veja e note as semelhanças que eu não notei.

No acervo do Leitor Cabuloso há conteúdos sobre as Crônicas de Gelo e Fogo. Lá você pode encontrar as resenhas dos dois primeiros livros:

Há também os podcasts:

Pindorama – Convite para ouvir o novo podcast do LC

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Um fundo azul, com o logo do podcast no topo à esquerda, e abaixo o logo do Leitor Cabuloso. À direita os textos:
Um fundo azul, com o logo do podcast no topo à esquerda, e abaixo o logo do Leitor Cabuloso. À direita os textos: "As Narrativas curtas da ficção científica brasileira" "Um Convite" "Estréia 17/06/2020"

É com muita animação que apresentamos o mais novo podcast do Leitor Cabuloso: Pindorama!

Esse é um projeto que nasceu em parceria do site (Muca e Basso) com o Rodrigo Hipólito (Não Pod Tocar), Dennis Almeida e Ana Rusche.

Esse é um pequeno convite para apresentar o projeto e já deixar vocês ligados no que vem por aí. O primeiro episódio será publicado na próxima quarta-feira (17/10/2020) e conta com a equipe toda (OS CINCO!) contando os detalhes da proposta, além de discutir o primeiro conto dessa temporada. Nos episódios seguintes, o podcast irá assumir a formação de apenas 3 pessoas por episódio, mantendo assim uma duração curto e mais enxuta.

O que é o Pindorama?

Aqui, no Pindorama, nós conversamos sobre narrativas curtas da mais recente ficção científica nacional. 

Em cada episódio, nós discutimos um conto, crônica, poema, cordel, ficção relâmpago ou qualquer outro formato que possa ser entendido como narrativa. Assim como a nossa narrativa curta pode ser algo bem amplo, nós também entendemos ficção científica como algo que abarca diversas vozes. Para facilitar o acesso às obras discutidas, serão escolhidos sempre publicações em revistas gratuitas.

Variadas também são as vozes que convidados para cada episódio! A cada quinze dias, uma conversa nova, em episódios curtos e que vão te ajudar a aproveitar ainda mais as leituras!

Ouça esse convite e venha acompanhar esse trabalho incrível que está nascendo!

Ouvindo o Pindorama

Para ouvir basta apertar o botão PLAY abaixo ou clique em DOWNLOAD (clique com o botão direito do mouse no link e escolha a opção Salvar Destino Como para salvar o episódio no seu pc). Obrigada por ouvir ao Perdidos na Estante!

Você já pode assinar o Feed também para não perder o primeiro episódio que estreia na próxima quarta-feira (17/06/2020), seja adicionando no Itunes ou nos seu agregador de podcast preferido.

Estamos também no Spotify e em outras plataformas de podcasts!

[Resenha] Vow of Thieves – Mary E. Pearson

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Capa do livro, fundo vermelho, com o titulo em branco, no centro, com letra etilizada, escrito:
Capa do livro, fundo vermelho, com o titulo em branco, no centro, com letra etilizada, escrito: "Vow of Thieves", logo abaixo o nome da autora. Ao redor do texto, diversos ornamentos floridos e dois grifos dourados.

Depois de ter surtado com Dance of Thieves (resenha) finalmente li o segundo e último livro de A Dinastia de Ladrões. Vow of Thieves foi tudo que eu esperava e me conquistou ainda mais para esse universo.

Esta resenha contém SPOILERS do livro anterior

De Volta à Boca do Inferno

O livro passado terminou com uma mensagem da Jailane em que dava a entender que tinha dado algo muito errado na Boca do Inferno e para a família Ballenger. Jase e Kazi encontram a mensagem no caminho para casa, mas apesar do aviso são pegos em uma emboscada ao se aproximarem da Torre de Tor. Jase escapa gravemente ferido, porém Kazi é capturada depois de lutar para que ele fugisse.

A partir daí, vamos descobrindo aos poucos (e não sem desespero) o que aconteceu na cidade e quem está por trás disso. Não quero dar maiores detalhes, mas confesso que a pessoa responsável não é quem eu pensei que fosse.  Enquanto Kazi tem que usar as habilidades que aprendeu nas ruas, Jase se recupera e se prepara para tomar de volta sua cidade.

O livro tem muitos acontecimentos, apesar de que achei que demorou para todo mundo se reencontrar e se unir para recuperar a Boca do Inferno. Os coadjuvantes têm menos presença do que no livro passado, os vilões estão em mais destaque, porém Kazi e Jase continuam ótimos protagonistas, que nos faz torcer e sofrer por eles quando algo não acontece de acordo com o plano e como eu sofri nesse livro! Apesar de os coadjuvantes não serem o brilho desse livro, tenho que falar que Paxton (aquele primo chato do primeiro livro) se tornou meu preferido depois dos protagonistas. Sem mais.

Mas é bom?

Maravilhoso. Como disse, me fez amar ainda mais essa duologia e seus personagens e ter certeza de que irei reler essa história com um quentinho no coração. O desfecho foi ótimo e sem pontas soltas, apenas um pequeno mistério que talvez a autora queria desenvolver em outra série.

Nota

Cinco selos cabulosos. A maior nota do site.
Cinco selos cabulosos. A maior nota do site.

 

 

 

 

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Ficha técnica

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Título: Vow of Thieves (Dinastia dos Ladrões 02)
Autora: Mary E. Pearson
Tradução: Ana Death Duarte
Editora: DarkSide
Ano: 2019
Páginas:464
ISBN: 9788594541796
Sinopse: A conclusão de uma jornada emocionante no universo das Crônicas de Amor & Ódio.

A trilogia Crônicas de Amor & Ódio encantou os leitores da DarkSide® Books com sua trama inteligente, disputas políticas e reviravoltas mil. O universo criado pela premiada escritora Mary E. Pearson se expandiu na duologia Dinastia de Ladrões, e levou os apaixonados leitores a revisitarem este mundo fantástico que, a cada história, cresce e se fortalece.

Para todos os leitores que ficaram em choque com o final de Dance of Thieves, a DarkSide® Books apresenta uma novidade: Vow of Thieves, o segundo e último livro da duologia Dinastia de Ladrões. Chegou a hora de obter respostas para as perguntas que ficaram na ponta da língua.

Kazi e Jase têm suas vidas entrelaçadas, agora mais do que nunca. O futuro parece belo e promissor, mas uma repentina desventura arrasta cada um deles para seu próprio inferno. Eles se veem capturados em uma teia de enganos tecida por seus maiores inimigos — e diante de um lugar onde as traições são mais profundas do que era possível imaginar. Ambições longínquas ameaçam destruir os dois.

Vow of Thieves tem romance, ação, aventura e charadas de sobra para deixar os leitores do maravilhoso universo de Mary E. Pearson cada vez mais apaixonados. Com uma narrativa repleta de tensão, fugas estratégicas, planos de última hora e muitas lutas travadas, a autora presenteia os leitores com uma história perspicaz, divertida e empoderada — em outras palavras, o desfecho perfeito.

A voz de Mary E. Pearson ressoa no coração de milhares de brasileiros, e a autora foi recebida de braços abertos pelos leitores apaixonados da linha DarkLove. A coleção da DarkSide® Books dedicada a revelar novos talentos femininos da literatura, deste mundo e de tantos outros, tem uma rainha em sua história.

E a rainha nos espera.

CG Especial – WestWorld T03E08: Crisis Theory

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Acabou! Esse foi o último episódio da terceira temporada de WestWorld. Nesse episódio, Crisis Theory, muitos dos personagens tiveram seu fim, outros tiveram novos começos.

Para quem não se lembra do nosso “modus operandi”, gravamos um episódio de podcast para cada episódio da série, sempre no dia seguinte da estréia na TV. Então, passaremos as próximas 10 semanas com vocês comentando os acontecimentos, teorias, erros e acertos dessa terceira temporada!

Montamos uma equipe que irá gravar (esperamos!) todos os episódios: Sr. Basso, do podcast Covil de Livros; Domenica Mendes do podcast Perdidos na Estante, Fulana de tal, nossa madrinha do Catarse; e Ciclana do Podcast de Garagem

Se chegou agora, escute nosso podcast sobre o primeiro episódio:

Sobre Crisis Theory

Finalmente vamos entender qual é todo o plano da Dolores, como o Caleb será crucial para isso e qual é o papel do Bernard nessa trama toda (ou não, porque é HBO).

Atenção!

Para ouvir basta apertar o botão PLAY abaixo ou clique em DOWNLOAD (clique com o botão direito do mouse no link e escolha a opção Salvar Destino Como para salvar o episódio no seu pc). Obrigado por ouvir ao Covil de Livros e continuem acompanhando a gente.

Apadrinha a gente!

Esse é mais um programa da rede do Leitor Cabuloso, a qual depende das doações dos ouvintes para continuar se mantendo no ar. Se você gosta do nosso conteúdo e puder ajudar, contribua no CATARSE ou no PICPAY. A partir de R$ 5,00 você já está ajudando e muito esse conteúdo continuar a ser produzido. Obrigado!

CG Especial – WestWorld T03E07: Passed Pawn

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Sabemos que a HBO costuma se concentrar no penúltimo episódio de cada temporada de suas séries para trazer as principais mudanças, então estamos todos aqui muito animados para o episódio 7: Passed Pawn! Quanto será que teremos acertado e errado até aqui, hein?

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Se chegou agora, escute nosso podcast sobre o primeiro episódio:

Sobre Passed Pawn

Episódio vindo mastigar melhor o que já tinha sido apresentado nos outros episódios. Se alguém tinha ficado em dúvida sobre alguma coisa, eles confirmar agora.

Queremos ver o malabarismo para explicar melhor a revolução da Dolores!

E Bernard… bem, ainda esperando saber o que ele está fazendo nessa temporada!

Atenção!

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CG Especial – WestWorld T03E06: Decoherence

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CG Especial – WestWorld T03E06: Decoherence

Atrasamos um pouco por conta do péssimo serviço da HBO, mas estamos aqui agora! E eis que fomos surpreendidos com a volta do Will, vulgo Homem de Preto (vulgo Homem de Branco agora)! Pois é, a história está se encaminhando para a reta final e as alternativas estão diminuindo. Como iremos terminar isso?

Para quem não se lembra do nosso “modus operandi”, gravamos um episódio de podcast para cada episódio da série, sempre no dia seguinte da estréia na TV. Então, passaremos as próximas 10 semanas com vocês comentando os acontecimentos, teorias, erros e acertos dessa terceira temporada!

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Se chegou agora, escute nosso podcast sobre o primeiro episódio:

Sobre Decoherence

Continuando o modus operandi da série, um episódio fortemente dedicado a uma personagem, no caso Will (Homem de Preto). Temos aqui um processo de terapia que remete aos arcos das antigas temporadas de WestWorld. No fim, ele acaba passando por tudo isso e saindo de lá com uma resposta e um propósito… finalmente ele está chegando ao Final do Jogo!

Em outra ponto vemos as histórias de Charlotte e Maeve se desenrolando, à medida que Serac vai fechando cada vez mais o certo em volta de Dolores.

E Bernard… bem, ainda esperando saber o que ele está fazendo nessa temporada!

Atenção!

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[Resenha] A Morte de Ivan Ilitch – Leon Tolstói

Capa do livro, um fundo claro com manchas escuras. Em primeiro plano, cobrindo todo o livro, o nome do autor em vermelho, e logo abaixo o título do livro em preto.
Capa do livro, um fundo claro com manchas escuras. Em primeiro plano, cobrindo todo o livro, o nome do autor em vermelho, e logo abaixo o título do livro em preto.
Publicada pela primeira vez em 1886, a novela A Morte de Ivan Ilitch escrita por Liev (Ou Leon) Tolstói intriga ao tratar de um assunto tão tabu: a morte. 

“Chorou como uma criança. Chorou por causa do seu enorme enfraquecimento, e terrível abandono em que a família o deixava e pela crueldade e ausência de Deus.” – A Morte de Ivan Ilitch

A Morte de Ivan Ilitch

Como você imaginaria que um livro cujo personagem principal morre deveria começar?

Se você disse que imagina que começaria já com a morte deste personagem sendo anunciada, então você acertou como Tolstói começa esta novela.

Ivan Ilitch é um prestigiado juiz da alta corte Russa, cuja vida foi recheada de dramas amorosos e familiares, causados tanto pela sua amarga e desinteressada esposa Prascóvia Fiodoróvna, quanto por Lisa, sua amada filha que acaba tendo sua personalidade muito influenciada pela personalidade conturbada da mãe.

Mas, como os dramas comuns da vida não são o suficientes para completar a atribulada vida de Ivan Ilitch, ao decorrer do livro, descobrimos que ele desenvolve uma doença terminal, de misteriosa origem e solução, que aos poucos vai retirando dele tudo o que ele mais ama: o trabalho, o jogo de uíste com os amigos e a vida em família, que Ivan tanto valoriza apesar de todos os problemas. Sua vida vai definhando junto com o seu corpo, e aos poucos vemos Ivan se tornar uma pessoa totalmente dependente de ajuda, fraca e moribunda.

É um triste e doloroso regresso que o personagem tem em sua vida, e que é detalhado pelo escritor ao longo da história. Os detalhes são tão precisos, pois mesmo sendo narrada em terceira pessoa, a história tem muito aprofundamento na mente de Ivan, que é possível conseguir sentir toda a agonia e tristeza que o personagem vai aos poucos sentindo devido à doença, é um verdadeiro mergulho no personagem e em suas aflições.

Biografia

Leon Nikolaievitch Tolstói, genial escritor russo, nasceu em 1828 em Iasnaia Poliana. Filho de uma importante família ligada aos Czares, ficou órfão ainda criança. Freqüentou a Universidade de Kazan, onde estudou línguas orientais e direito. Em 1847, por herança, tornou-se senhor de vastas terras em Iasnaia-Poliana, daí o porquê de ser também conhecido por Conde de Tolstói. Depois de ter servido no exército, em 1856, viajou pela Europa visitando vários países, regressando então à sua terra natal para administrar suas terras e dedicar-se à literatura. Em 1861, voltou novamente à França para visitar seu irmão que estava doente, aproveitando para se encontrar com Proudhon.

Com uma vida pessoal cheia de conflitos e uma personalidade dividida, Tolstói aproximou-se, gradualmente, de uma posição pacifista e anarquista, recusando toda forma de governo e poder. Na sua terra natal criou uma escola marcadamente libertária, próxima das experiências de Ferrer e da Escola Moderna, tendo pessoalmente escrito os livros usados nas salas de aula.

Seus textos autobiográficos A minha confissão e Qual é minha fé foram apreendidos, mas, mesmo assim, tiveram ampla difusão clandestina. Perseguido e excomungado pela Igreja, seus últimos anos foram de engajamento social. Os escritos filosóficos influenciaram o aparecimento de comunidades e de uma corrente de anarquismo cristão, sobretudo na França, Holanda e nos Estados Unidos. Exerceu também, juntamente com Kropotkin e Thoreau, forte influência sobre um dos mais importantes pacifistas modernos: Gandhi, com quem chegou a manter correspondência.

Tolstói, profundo pensador social e moral e um dois mais eminentes autores da narrativa realista de todos os tempos, depois das suas primeiras obras – entre outras, as autobiográficas Infância (1852)Contos de Sebastopol (1855-1856), baseado em suas experiências na guerra da Criméia –, escreveu Guerra e paz (1865-1869)Anna Karenina (1875-1877). Considerado um dos romances mais importantes da história da literatura universal e uma das obras-primas do realismo, Guerra e paz é uma visão épica da sociedade russa entre 1805 e 1815. Dela emana uma filosofia extremamente otimista, que atravessa os horrores da guerra e a consciência dos erros da humanidade.

Entre os romances breves de Tolstói, o mais importante é Anna Karenina, um dos melhores romances psicológicos da literatura moderna. Em Uma confissão (1882), descreve sua crescente confusão espiritual e, após o eloqüente ensaio Amo e criado (1894), escreveu Que é a arte? (1898), no qual condena quase todas as formas de arte, incluindo as próprias obras.

Defendeu uma arte inspirada na moral, na qual o artista comunicaria os sentimentos e a consciência religiosa do povo. A partir de então, escreveu numerosos contos breves, sendo o mais conhecido A morte de Ivan Ilitch (1886). Outras obras de destaque são: A sonata de Kreutzer (1889) e seu último romance, Ressurreição (1899).

Aos 82 anos, cada vez mais atormentado pelas contradições entre sua conduta moral e a riqueza material da sua família, e também devido aos constantes atritos com a esposa – que se opunha a desfazer-se de suas posses – Tolstói, acompanhado pelo seu médico e pela sua filha caçula, foi embora de casa no meio da noite. Três dias mais tarde, seu estado de saúde se agravou em decorrência de uma pneumonia. Morreu no dia 20 de novembro de 1910, em uma estação ferroviária.

Nota

Cinco selos cabulosos. A maior nota do site.
Cinco selos cabulosos. A maior nota do site.

 

 

 

 

Garanta a sua cópia de A Morte de Ivan Ilitch e boa leitura!

Ficha técnica

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Nome: A Morte de Ivan Ilitch
Autor: Leon Tolstói
Editora: LPM Pocket
Ano: 2017
Páginas: 112
ISBN-13: 9788525406002
ISBN-10: 8525406007
Sinopse: Esta obra mostra a história de um burocrata medíocre, Ivan Ilitch, um juiz respeitado que depois de conseguir uma oferta para ser juiz em uma outra cidade, compra um apartamento lá, para ele, sua mulher, sua filha e seu filho morarem. Ao ir para o apartamento, antes de todos, para decorá-lo, ele cai e se machuca na região do rim, dando início à uma doença.