[Coluna] Mas tem mesmo uma história nisso aí? E uma crônica?

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Fala Galera,

esse Era Uma Vez Rapidinho é um post que nasceu de uma necessidade, uma saudade e uma novidade. A necessidade era de ter um texto curto e rápido.  O dia a dia está enrolado e já estou precisando daquelas férias que ainda vão levar um mês para chegar  e o fim de ano já está aí!  A saudade veio de toda a discussão do programa a respeito da Coleção Vagalume que o Chefe promoveu aqui no Leitor Cabuloso. E  apesar do pessoal ter levantado a coleção Vagalume como se fosse algo único no formato, lembro com carinho de um projeto semelhante chamado Para Gostar de Ler (também da Editora Ática).  Essa coleção trazia livros com um tema e formato selecionados sendo alguns de contos, poesias e muitos volumes de crônicas, entre outros estilos.  A novidade é que, apesar de não pensar nas crônicas a muito tempo, mesmo com a minha predileção atual por textos curtos, esse foi um estilo que me fez ler muito quando mais novo.

Inicialmente foram as do Veríssimo na Veja, depois substituída por uma página de humor sob responsabilidade do Jô Soares (sem a mesma qualidade elegância e estilo, mas quem as teria?).  Muitas delas podem ser encontradas em suas inúmeras coletâneas publicadas atualmente pela Editora Objetiva.  Tirando essa coletâneas publicações de crônicas não são tão comuns hoje.  Uma procura no site da Amazon pela palavra “Crônica” nos traz uma série de títulos das Crônicas de Gelo e Fogo, Crônicas Saxônicas, Crônica do Matador do Rei, mas é necessário muito esforço para encontrar um título realmente no estilo de texto ágil, rápido e retratando o cotidiano com leveza que consumi na série Para Gostar de Ler.  Publicações avulsas como temos tratado no mercado de contos então nem pensar.  Então o que temos de novidade aqui?  Nada realmente novo, mas algo novo para mim.

Tenho acompanhado o trabalho e textos do Rob Gordon, que é metade do podcast Gente Que escreve com o Fábio M. Barreto.  Rob se destaca como cronista e fala com frequência da sua experiência de retratar o cotidiano mais mundano com leveza e humor.  Isso foi o suficiente para me levar até o material gerado pelo autor.

Crônica é exatamente aquilo, para mim.  Seja a dicotomia de nossas diversas facetas se confrontando para executar uma atividade simples até o lamaçal de nosso universo político diário refletido em um diálogo entre Adão e Deus, entre outros lugares o material gerado pelo autor pode ser encontrado, entre outros, em:

Corre lá rapidinho para ver a leveza, atualidade e relevância desses textos como retrato de nossos dias, que é a função mais nobre da crônica na minha opinião, enquanto eu cuido da vida aqui que está complicada.

Abraços rapidinhos,

PS: o autor produz ainda excelentes textos semanais sobre blues, para quem gosta do estilo é absolutamente imperdível, para quem não gosta… é por quê ninguém nunca te explicou o Blues como ele – também imperdível.