Em visita ao Reino Unido para divulgação de seu livro, Número Zero, Umberto Eco (autor de O Nome da Rosa) concedeu entrevista ao jornal Guardian, onde falou sobre seus romances de conspiração. Ao ser perguntado sobre as conspirações do mundo real, o autor falou que as conspirações imaginárias eram mais poderosas que as reais.
Não estou negando que existam conspirações, mas as reais são descobertas. O assassinato de Júlio César foi uma conspiração – foi um sucesso, ela é bem conhecida … a Conspiração da Pólvora foi uma real. Então as conspirações reais são sempre descobertas. As mais poderosas são aquelas que não existem; você não pode demonstrar que elas não estão lá para que elas continuam a fluir na mente do público e elas podem nutrir um monte de pessoas ingênuas.
O autor também comentou sobre o porquê de sua predileção por escrever sobre personagens perdedores.
‘Porque isso é literatura’, disse Eco. ‘Dostoiévski estava escrevendo sobre perdedores. O personagem principal de A Ilíada, Heitor, é um perdedor. É muito chato para falar sobre vencedores. A literatura de verdade sempre fala sobre perdedores. Madame Bovary é uma perdedora. Julien Sorel é um perdedor. Estou apenas fazendo o mesmo trabalho. Perdedores são mais fascinantes. “Os vencedores são estúpidos… porque normalmente eles ganham por sorte.’
Em seu mais recente trabalho, Numero Zero, Colonna, um jornalista, é contratado por um magnata das comunicações para trabalhar em um jornal, ainda não lançado. Encarregado de criar um jornal que provavelmente nunca será publicado, Colonna e seus editores formam uma pauta para se adequar a demanda de seu chefe, apelidado de “O Comendador”, que planeja usar o jornal para chantagear pessoas influentes e abrir seu caminho para a elite política e financeira da Itália.
Umberto Eco é tem 83 anos e escreveu sete livros, todos best-sellers, o mais famoso é O Nome da Rosa. Número Zero foi lançado no Brasil pela editora Record.
Via The Guardian

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