O anúncio de Limit me deixou empolgada. Para começo é um shoujo e também um mangá de sobrevivência!
Começamos conhecendo Konno na escola junto com seu círculo de amigas. Ela é o tipo de garota que segue a onda, ou para você entender melhor, é uma “maria vai com as outras”. Se suas amigas, principalmente a Sakura que é uma espécie de líder estiver fazendo algo e mesmo que esse algo seja bullying, ela irá simplesmente aceitar e fazer igual. Claro que tem todo um motivo para que ela faça isso, mas isso você irá descobrir mais à frente.
Todo ano a escola faz o Acampamento de Socialização, onde o objetivo é a socialização dos alunos em meio a natureza e a ordem das classes é importante visto que a última classe é é a que mais passa calor, quem mais faz faxina, ou seja, é uma merda. Quem foi escolhida para sortear a ordem das classes foi Morishige, o grande alvo de bullying e para sua sorte ela sorteou, claro, o último número.
E assim vão para o acampamento. No caminho uma das alunas, Kamiya (a mais esperta e observadora da turma) percebe que o motorista não está muito bem… e seu receio se mostra verdadeiro quando ele desmaia ao volante causando um grave acidente. A cena no interior do ônibus é assustadora.
Agora as sobreviventes com Konno inclusa terão que se virar para sobreviver em um ambiente hostil, com pouca água e comida até que um resgate sem previsão apareça.
A ideia de sobrevivência sempre me atraiu e vamos combinar que é bem interessante. Quem nunca ouviu falar de O Senhor das Moscas onde um bando de crianças tem de sobreviver em uma ilha? Só que infelizmente o tema nesse primeiro volume de Limit não é focado na sobrevivência e sim no conflito entre os sobreviventes. Agora fora do ambiente escolar, um ambiente novo e sem limites, vem à tona rancores reprimidos. A forma de cada um agir é julgada, principalmente por Morishige que sofreu com a perseguição das meninas e agora vê a oportunidade de dar o troco.
Para pessoas mais velhas (como eu) o conflito parece sem importância já que são questões de “Você era amiga dela e não minha” ou “Você tira notas boas e eu não” e isso quebra o clima que esperava do mangá. Ele tem sim um clima pesado, visto que os conflitos vão ficando cada vez mais mais fortes, porém achei que a questão da sobrevivência poderia ter um foco maior, poderia SER o foco maior. Claro que elas se preocupam com comida, abrigo e resgate, mas de forma rápida e, me pareceu, superficial. Acabei não gostando de nenhuma personagem. A principal não me atrai já que ela só seguia o que a líder do grupo fazia. Morishigue acaba sendo a vítima, mas fica tão transtornada e mandona que torcemos para que alguém dê um jeito na situação e a humilhe ainda mais. Isso claro é culpa minha, já que o mangá é shoujo e tem uma faixa etária menor, mas é um dos pouco shoujos que não me identifiquei com ninguém.
Considerações Técnicas
Limit tem as contracapas coloridas e segue a qualidade e tamanho padrão da editora. Gostei do traço da autora, mas gostaria de ver mais sangue! Espero que nas cenas crítica a autora saiba passar bem o clima. O papel de Limit apesar de também ser offset (JBC mudou pela falta do brite 52g) é de uma qualidade inferior a de Terra Formars, por exemplo. Ele é mais fino e isso pode incomodar.
Considerações Finais
Limit é um bom mangá, não tenho dúvidas disso, mas nesse primeiro volume esperava mais. Espero que o foco mude para melhor nos próximos volumes.
NOTA:
Nome: Limit, リミット
Publicado por: Editora JBC
Valor: R$ 13,90 – Mensal (Finalizado com 6 volumes)
Páginas: 190
Distribuição: Setorizada
Publicado (no Japão): 2009 ~ 2011
Autora: Keiko Suenobu
Gêneros: Drama, Escola, Shoujo, Psicológico
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