[Coluna] Jurassic World? Vá hoje mesmo ao cinema!!!

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A primeira atração que eu construí quando voltei da Escócia foi um circo de pulgas. Maravilhoso! Tinha um trapézio, carrossel, tudo motorizado, claro, mas as pessoas podiam jurar que viam as pulgas. Mas dessa vez, nesse parque, eu queria mostrar pras pessoas algo que não fosse uma ilusão.”

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Steven Spielberg revolucionou o cinema e nossas vidas ao lançar o primeiro filme da franquia Jurassic Park em 1993.

O filme é um verdadeiro marco: audacioso e muito bem produzido (obrigado!), alcançou com facilidade um dos primeiros lugares no pódio das concorridas bilheterias com a bagatela de US$ 914 milhões arrecadados em todo o mundo, quando do lançamento, pequena fortuna que ultrapassou a marca do US$ 1 bilhão com o lançamento da remasterização em 3D em 2013. E não parou por aí: os temidos dinossauros e protagonistas extremamente reais, conquistaram nada menos do que o tão sonhado Oscar nas categorias de Melhor Som, Melhor Edição de Som e Melhores Efeitos Especiais, além de outros 19 prêmios e 15 indicações.

Mas, não vem daí todo seu destaque: o valor principal de reconhecimento do filme são os fãs, totalmente fidelizados e que se entregam aos novos produtos lançados.

A franquia jurássica

Assim como o primeiro filme, a franquia tem o nome Jurassic Park. Em fato, ela cresceu bastante: em 1997, chegou aos cinemas o segundo longa, Lost World: Jurassic Park (“O Mundo Perdido – Jurassic Park”), marcante mas não tanto quanto o primeiro. Passados mais quatro anos, saiu o terceiro: Jurassic Park III. 

Embora o público tenha ficado sem ver os dinossauros na telona, pudemos nos esbaldar com os demais produtos, especialmente os games. Foram lançados em torno de 15 games que levam a marca.

Em comemoração aos vinte anos do lançamento, além de quase infartarem os fãs que não aceitavam a segunda década de comemoração, os produtores ofereceram um grande presente: o lançamento da versão digital e remasterizada dos três primeiros longos em 3D, que já falamos. Mas o grande presente, ao menos para mim, foi o lançamento do quarto filme que chegou há pouco tempo e ainda está nos cinemas: “Jurassic World” foi uma das melhores experiências que tive em 2015.

Porque você deve assistir Jurassic World no cinema hoje

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Sejamos francos: quando assisti ao trailer de Jurassic World meus olhos já encheram de brilho e já me preparei psicologicamente para me divertir, e muito!, indo ao cinema. Mas nada, nenhum trailer, nenhum teaser, nenhuma entrevista, realmente me preparou para o que eu vivi dentro daquela sala escura, ao lado de muitas pessoas, acompanhadas dos meus irmãos mais novos e totalmente inebriada pela aventura.

O filme, como um todo, tem sua forte presença e efeitos bem elaborados. O principal problema, ao meu ver, de se assistir a filmes de continuação, é que não tem aquela fidelização que o original nos oferece. Mas a equipe de produção soube lidar com isso muito, muito bem!

Jurassic World é sim o quarto filme da sequência Jurassic Park, contudo não é o quarto filme que deve ser assistido.

O enredo foi notado de tal forma que fideliza os jovens e crianças (conversando com a dona do cinema, ela me relatou que a maior parte do público dele incrivelmente são crianças que ficam estagnadas e apaixonadas pelo longa) e alegra aos velhos admiradores. E convenhamos, isso não é fácil de se fazer (ainda mais nessa geração que acha que nada está tão bom e que pode sempre ser melhor, mas não se sabe nem como começar a fazer).

Mas, vamos falar do que interessa: Sabe porque você deve ir hoje mesmo assistir ao Jurassic World no cinema mais próximo?

Ao começar, pela trilha sonora. Assim como o original, o filme todo é marcado por uma trilha sonora que é quase imperceptível se você estiver concentrado, mas faz você sublimar ao unir os sentidos.

Nada, NADA mesmo, é capaz de fazer um fã da série sentir o coração disparar como ver aquelas cenas acompanhadas da música tema original. É de arrepiar!

jurassic-world-castSeguidamente, pelas interpretações exemplares: nunca imaginei que eu fosse ver o Senhor das Galáxias fora daquele papel e, caramba Chris Pratt, assim a gente se apaixona! Ponto extra para a lindíssima Bryce Dallas Howard que foi capaz de incentivar qualquer mulher a calçar um salto alto (literalmente) e não descer dele por nada, se tornando um dos memes mais divertidos do ano, e para os atores Nick Robinson e Ty Simpkins que foram responsáveis por despertar a familiaridade com as crianças do longa original.

Não que o elenco acabe por aí: outro brinde a nós! Existem outros personagens que marcam o território e suas passagens, nos encantando e nos propiciando o convite para entrar no parque.

Indo adiante, o filme apresenta diversas referências ao original. Essas referências são de fazer tirar o fôlego! Esse foi, para mim, um dos grandes presentes, afinal, independentemente do número de filmes que já vi desde a primeira vez que vi o clássico Jurassic Park, nunca me esqueci dessas cenas:

E aquele medo de ter uma lanterna no carro no dia de chuva hein?!
E aquele medo de ter uma lanterna no carro no dia de chuva, hein?!
E o Dino fofinho? Ele aparece também por lá, claro!
E o Dino fofinho? Ele aparece também por lá, claro!
Sempre quis um desse! (A luz, não o T-Rex =P)
Sempre quis um desse! (A luz, não o T-Rex =P)

Se mesmo assim ainda não te convenci (sem contar spoilers, claro!) a sair correndo depois de terminar de ler essa coluna e ir ao cinema, tenho mais uma argumentação:

Jurassic World consegue nos remeter às responsabilidades e consequências do uso sem escrúpulos do poder, diante de possibilidades que se enquadram no século XXI. Sabemos que tudo começou da extração do DNA do mosquito, mas unindo-se essa informação, a experiência frustrada, o número de mortes e o maior controle em segurança com maior investimento em tecnologia e ciência, estaremos a salvo?

E como manter o parque no auge, com campanhas de marketing e novos produtos sem brincar com a manipulação genética?

Como não ser ambicioso quando se tem o mundo em suas mãos?

A lição do Jurassic Park permanece: Quem brinca de Deus, paga pra ver!

Mas, sabia que tem livro?

Não um, mas dois!

O primeiro filme é adaptação cinematográfica do livro “Jurassic Park”, escrito por Michael Crichton e recentemente re-lançado no Brasil pela Aleph. Ainda não o li, mas o Lucas Ferraz é responsável pela parceria da Aleph com o Leitor Cabuloso e se deliciou com a aventura. Não vou entrar em detalhes e convido a todos para lerem sua resenha.

Mas, são dois livros, lembra? O segundo é o Lost World – O Mundo Perdido, que ao final levou à adaptação do segundo filme da franquia.

Querem mais?

Então aproveite a carona com Owen Grady e sejam bem-vindos ao Jurassic Park!

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É bom estar de volta!