Ontem, 21 de setembro de 2014, fez 77 anos do lançamento de O Hobbit de J. R. R. Tolkien. O livro de estreia do pai da Terra-média encantou/encanta crianças e adultos com a criação de um universo mitológico que até então não existia na literatura ou pelo menos, não com o tom sério que um acadêmico como Tolkien poderia propor.
O Leitor Cabuloso já publicou vários posts sobre essa obra icônica como a resenha do livro, um episódio do CabulosoCast dedicado a obra, além de uma série de posts dedicados a curiosidades e a informações do livro/filme, mas será que haveria como compará-los? Abaixo você conhecerá 10 motivos pelos quais O Hobbit é melhor que O Senhor dos Anéis (ou não!):
1. O Hobbit é um livro para todos
Muitos se queixam do excesso de descrições em O senhor dos Anéis. Mesmo fervorosos fãs reconhecem que a jornada épica de Frodo não é leitura para qualquer pessoa. O mesmo não acontece em O Hobbit. Se em O Senhor dos Anéis sentimos o peso do Tolkien filólogo, em O Hobbit vemos mais do Tolkien narrador. Daí a agilidade e fluidez do texto, sendo descritivo no momento certo e explorando o aspecto mais “humano” (mesmo quando não haja humanos em boa parte da narrativa). E é por isso que o livro acaba agradando a vários tipos de leitores.
2. O Hobbit possui mais cenas de ação
Apesar de ser um livro relativamente curto com meras 300 páginas (dependendo da versão que o leitor possuir esse número há de variar) Bilbo Bolseiro deixa sua casa, no Condado, enfrenta Trolls, Orcs, Aranhas gigantes, Elfos e adentra a uma guerra épica. Em O Senhor dos Anéis, os primeiros momentos de ação só ocorrerão em meados da página 200 (devemos levar em conta que este primeiro livro possui 434 páginas) momento em que Frodo é atacado por soldados de Sauron.
3. O Hobbit é o “nascimento” da Terra-média
Publicado em 1937, O Hobbit foi escrito sem nenhuma grande expectativa de sucesso, não foi ao acaso o susto de Tolkien e do seu editor quanto ao sucesso estrondoso. Quando lhe foi pedido uma continuação que viria a ser O Senhor dos Anéis, Tolkien não tinha ideia do quanto aquele universo poderia ser explorado. É sabido, de todos, que Tolkien reescreveu O Hobbit para adequar a sua narrativa criada em A Sociedade do Anel, porém é inegável que sem o lançamento de O Hobbit dificilmente conheceríamos a Terra-média.
4. Bilbo Bolseiro versus Frodo
Bilbo é um personagem em constante evolução em O Hobbit, saído de sua toca, aparentemente para ser um ladrão durante a narrativa ele passa de peso morto a grande conciliador na batalha dos cinco exércitos. Além de ser falho, e cheio de “hobbitices” que trazem um grande alívio cômico e provocam uma identificação quase imediata com ele. Em O Senhor dos Anéis, o personagem principal aparenta ser o próprio Um Anel e a corrupção que afeta ao seu possuidor. Frodo, neste caso, é visto como aquele que precisa lutar contra a corrupção do Anel e em muitos momentos necessita da ajuda do seu jardineiro Sam, para conseguir completar a jornada.
5. Gandalf está mais presente em O Hobbit
Gandalf sem sombra de dúvida é um dos seres mais enigmáticos do universo de Tolkien. Presente em várias passagens de O Hobbit, ele costuma desaparecer em momentos cruciais da trama. Mas, diferente de O Senhor dos Anéis, Gandalf não precisa dividir espaço com Aragorn, Elrond ou Legolas, sendo assim mais constante na história de O Hobbit.
6. Peter Jackson está mais maduro
Peter Jakson não era conhecido antes de gravar a trilogia de O Senhor dos Anéis. Seus filmes anteriores Trash – Náusea Total (1987) e Morte Cerebral (1992) podem até ter sido assistidos, contudo poucos relacionavam tão categoricamente seu nome a suas produções. Peter Jackson é apaixonado pela obra de Tolkien e, gostem os fãs ou não, sua versão tem agrado a muitos não-fãs que desconheciam a trilogia que o consagrou.
7. O elenco cresceu
Em O Hobbit tivemos a volta de Ian McKellen (Gandalf), Elijah Wood (Frodo), Andy Serkis (Gollum), Hugo Weaing (Elrond), Galadriel (Cate Blanchett) só para citar alguns, além disso temos a presença de vários atores que apesar de não serem conhecidos do público são elogiados pela crítica.
8. Expandindo a Terra-média
Todos sabem que Peter Jackson para produzir O senhor dos Anéis precisou deixar muitos detalhes de fora da sua produção e o inverso aconteceu com O Hobbit onde ele pode expandir a Terra-média trazendo situações só presentes em outros livros de Tolkien. Quem já leu O Hobbit sabe que em várias passagens Gandalf simplesmente desaparece do foco da narrativa e reaparece misteriosamente dando explicações nem um pouco claras de suas “escapadinhas”. Porém, nos dois últimos filmes da trilogia: Uma Jornada Inesperada e A Desolação de Smaug é possível ver para onde o mago se encaminhava e quem seria o tal Necromante.
9. O Hobbit pode ser assistido em 3D
Diferente de O Senhor dos Anéis, O Hobbit teve sua pré-produção e produção pensada e filmada em 3D o que possibilita uma maior imersão. Segundo Peter Jackson, “Se fosse possível filmar O Senhor dos Anéis em 3D, eu certamente teria feito. Adoro quando o filme o cativa e você se torna parte da experiência. E o 3D ajuda a levá-lo para dentro da história”.
10. O Hobbit: revolução tecnológica
O Senhor dos Anéis foi filmado em 24 quadros por segundo já o O Hobbit traz uma revolução para o cinema tendo sido filmado em 48 quadros por segundo. Levando em consideração que o olho humano vê 60 quadros por segundo, assistir a um filme em 48 fps implica maior veracidade.
E ai, Cabulosos, concordam? Discordam? Ou ficaram com a mesma cara do Bilbo? Deixe suas impressões nos comentários.
Assista ao trailer de O Hobbit: A batalha dos Cinco Exércitos:
Este post foi inspirado no post da Revista Veja intitulado: Por que O Hobbit é maior que O Senhor dos Anéis.


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