RESENHA: A Morte é uma Serial Killer, onde a Morte toma o seu papel de protagonista.

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a morte é uma serial killer

A primeira coisa que notei em A Morte é uma Serial Killer foi o quanto a Valentina evoluiu desde Distúrbio. Percebo isso na riqueza na narração, com analogias e adjetivos.

A história difere do primeiro livro, mas não tanto quanto parece. Ainda temos o humano como o monstro da trama, onde a Valentina mostra que não precisamos de nenhuma criatura sobrenatural para nos assustar e horrorizar.

“Foi aí que ele percebeu, na sua meninice inocente, onde os monstros moram apenas debaixo da cama, e os adultos servem para proteger, que ali dentro, naquele pesadelo real, o monstro era o homem e ele seria brutalizado de alguma forma, nem que fosse apenas pelo ridículo de estar em cuecas, coberto por lama, dentro de uma banheira, observado por um louco que o saboreava com os olhos.”

O ano é 2057 e vigora uma lei onde é obrigatório o cumprimento de pena de todos os serial killers em um só lugar: a Unidade de Segurança e Reinserção de Assassinos em Série, localizada em Lisboa, Portugal. Dentro desta prisão-hospital cinco assassinos são escolhidos pela diretora Erika para um novo programa, onde ela promete que eles sairão reestabelecidos, arrependidos, novas pessoas.

Os escolhidos são: Luke Veish, norueguês responsável pela morte e abuso de vários meninos, Roberto Souza, brasileiro caminhoneiro responsável pela morte de diversas prostitutas, Mary J. uma mulher de pouquíssima beleza e por isso sempre sofreu com os homens e assim resolveu matá-los, Susana Ferreira, assassina de várias crianças filhas de homens que ela namorou com o intuito de tê-lo só para ela e por último Ing Poltra, alemão que assassinou muitas velhinhas parecidas com sua mãe.

Todos vão para uma casa onde ganham certa liberdade: nada de grades e de chaves. Somente eram obrigados a participar das sessões que prometiam transformá-los.

Tudo parece estar bem, até que os pacientes relatam ouvirem vozes, passos durante a noite. Alguns dizem que até viram um vulto com uma máscara em seus quartos. Os médicos pensam que o tratamento está finalmente fazendo efeito, que a consciência dos assassinos tomou forma e agora os incomoda, mas eles estão errados.

O livro me agradou como um todo. Lá pela metade eu pensei: Mas algumas pontas vão ficar soltas… e me enganei totalmente, já que não pude adivinhar o final.

Se você quiser acompanhar uma autora talentosa que com certeza irá melhorar a cada livro acompanhe a Valentina. Te garanto.

Abaixo uma foto do lançamento aqui em Curitiba 🙂

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NOTA:

5 selinhos

Ficha Técnica:
Editora: Estronho
Autora: Valentina Silva Ferreira
Origem: Portuguesa
Ano: 2012 (1ª edição)
Número de páginas: 176
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