TEM QUE LER: “O Voo da Estirpe” da Adriana Vargas

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Saudações, caros leitores! Ultimamente, o blog tem recebido algumas propostas de parceria e isso nos causa felicidade, afinal é o fruto de nosso trabalho simples, mas feito com o coração. Agora, a Adriana Vargas também está entre as escritoras parceiras do  Leitor Cabuloso! Vamos saber um pouco sobre a obra que lerei e resenharei, além de sua autora…

Adriana Vargas
Adriana Vargas
Capa
Capa

Edição: 1ª
Editora: Modo Editora
Ano: 2011
Páginas: 233
Skoob
Sinopse: Um encontro entre a vida e a morte, e entre os dois pólos, a presença milagrosa do amor – tudo passa a fazer sentido… Clarice, solitária e questionadora, conhece Klaus através de um pesadelo. De repente, ele passa a persegui-la em todos os lugares, denotando ao livro, um cunho de mistério e sensações intrigantes. Um livro rico em sentimentos que fará o leitor rir, chorar, suspirar e odiar durante toda a leitura. Uma afronta aos conservadores. Uma luz no final do túnel! Este é o primeiro livro da série – O Voo da Estirpe.
Onde comprar? Informações aqui.

Prólogo explicativo do livro I do “O Voo da Estirpe”:

O Voo da Estirpe I foi escrito de forma introspectiva para deixar as pedras pelo caminho até sua continuação no livro II. Foi propositalmente criado para que o ser humano descubra os confins de seu eu. Não é uma leitura indicada para pessoas que vivem fora da abstração do ser, porém, seu foco e mensagem poderão chegar a sensações que você ainda não descobriu em si. Todos os acontecimentos no livro I, são os sentidos falando, convidando-os a uma viagem adulta e densa; forte e destemida. Nenhuma linha foi criada nos braços do acaso. Para tudo haverá uma explicação até que ela se revele, mas para isso, é necessária a entrega e o próprio questionamento que a obra induz. O segredo desta obra está na forma como você se vê ou se permite a tal visão. Ilusão ou realidade? Nunca saberá, até descobrir por si mesmo ou na leitura do livro II. Os mais afoitos se arriscarão a entender a obra nas entrelinhas, até que não cheguem as respostas. Este não é um livro de entretenimento. É um livro para quem busca por respostas, e principalmente, para quem não tem medo de se olhar por dentro e por fora. A dúvida permanecerá enquanto o leitor buscar apenas por esclarecimentos fictícios. Nada será de “mão beijada.” Faz parte do estilo da autora brincar de esconde-esconde, fugindo da leitura água com açúcar. Há um dilema no livro – o que se passa, é real ou fantasia? Sonho ou realidade? Estão vivos ou mortos? Quem são os personagens? Qual é a sua verdadeira identidade? Enquanto não chega o livro II, tire você mesmo suas próprias conclusões, respondendo a tais questões ou criando novas perguntas.

Sobre a autora:

Nascida em 27 de dezembro em Anápolis, Goiás, veio para Mato Grosso do sul ainda pequena. Começou a escrever desde que aprendeu a ler, pois seus pais compravam enciclopédias infantis ilustradas para incentivar seu gosto pela leitura, enquanto as crianças brincavam no quintal.

Imaginava histórias que nunca viveu e as passava para o papel. Esses escritos, porém, eram escondidos debaixo do colchão. Ao serem revelados, venceu o seu primeiro concurso literário aos oito anos de idade, representando seu estado em nível nacional, o que lhe deu a segunda colocação no Concurso Mirim, realizado em 1978. Aos treze anos escreveu seu primeiro romance.

No ano de 2000 entrou para a Academia de Direito pela Universidade UCDB, sendo uma das alunas mais aplicadas do curso. Apaixonada por leitura filosófica, procurava por obras de autores como Platão e Hanna Arendt. Encantou-se com os Iluministas e as histórias das antigas civilizações. Participou de projetos, como o incentivo às cooperativas

Fez Direito pelo senso de justiça que a alimenta e sempre haverá alguma lacuna em suas obras para ressaltar as misérias sociais e a busca por mobilização.

Julga-se morta quando se encontra em estado de falta de inspiração. Pretende escrever como amadora durante toda a sua vida, pois somente desta forma consegue se encontrar livre em sua escrita, escrevendo como quer e quando quer, como um mero desabafo do eu interior.

Hoje, se afastou das práticas forenses, buscando novos desafios, tendo uma parte de seu tempo dedicado arduamente aos seus livros e leituras de livros como filosofia, sociologia, civilizações antigas e ao trabalho que desenvolve em prol dos novos autores no Clube dos Novos Autores, onde é coordenadora geral.

A sua contribuição para com a literatura brasileira é ressaltar os valores escondidos longe da hipocrisia. Fala dos sentimentos como são e da vida como é. Nas entrelinhas de seus escritos estarão ressaltados os valores esquecidos pela marcha do capitalismo emergente.

Todos os seus trabalhos são palpados em pesquisa de campo junto à realidade dos comportamentos e traços característicos do que escreve, convivendo com as pessoas e situações. Questionadora por natureza, está sempre em busca de respostas.

Tem o ímpeto atrativo em escrever livros inspirados em acontecimentos verídicos.

Adriana desenvolveu um estilo literário ímpar, seus livros são marcados por singularidade e inovação linguística. A escritora encabeça a lista de traços inéditos à literatura nacional. O fluxo da consciência indefine as fronteiras entre a voz do narrador e a das personagens, de modo que reminiscências, desejos, falas e ações se misturam na narrativa num jorro desarticulado, descontínuo, que tem essa desordem representada por uma estrutura sintática caótica. Assim, o pensamento simplesmente flui livremente, pois as personagens não pensam de maneira ordenada, e sim, conturbada e desconexa, ou seja, é a espontaneidade da representação do pensamento das personagens que caracteriza o caos de tal marca literária.

Aprecia a escrita de romances e discurso interior. Seus livros possuem o dom de nascerem viscerais – em pouco tempo o leitor torna-se íntimo de suas personagens, criadas com o afã de cavar, no fundo do âmago, o sentimento capaz de dominar, jogar os leitores entre as suas palavras, em uma entrega não somente infinita, mas de profundidade. Este é o modo como vive e se relaciona com a vida.

Com participações e menções honrosas em vários concursos literários, acredita neste caminho para galgar as escadas tão dificultosas em um país cuja leitura ainda é um desafio.

Onde encontrar a Adriana no ciberespaço?