RASCUNHO: COLETÂNEA DE DICAS

4

É normal, quando você escreve, procurar entrar em contato com outros escritores. Para pedir dicas, pra buscar incentivos, pra tirar uma dúvida…

Comigo não foi diferente: conheci muita gente incrível nesse processo. Aí essa semana, resolvi compartilhar com todo mundo as dicas que eu recebi desse pessoal e que – desnecessário dizer – me ajudou MUITO!

=) Espero que vocês aproveitem tanto quanto eu!

 

 

Esta lista contem escritores profissionais, amadores, publicados, não publicados, consagrados e experimentais, com dicas para a escrita de uma forma geral e abstrata ou conselhos para momentos de produção mais específicos. Ou seja, é uma coletânea de dicas bem diversificadas com autores de vários estilos. Tomara que aí em baixo, você encontre o seu! =)

 

Luiza Salazar

Autora de “Os Sete Selos” e “Bios

Acho sempre bom ouvir de novos escritores e eu sempre encorajo meus leitores ou as pessoas que me mandam email sobre isso a persistir mesmo quando parece que tudo está indo contra você. Escrever não é um trabalho fácil, as pessoas desacreditam muito, mas se é isso que você gosta de fazer, então persista. O primeiro livro pode nunca ser publicado ou pode virar um best seller, não existe fórmula pra isso. A dica que eu posso dar é revisar bastante sua história, fazer notas e tal. Pede pra alguma amiga ler, ver se tem alguma coisa que está confusa, isso é sempre importante.
Assim que você achar que tem o melhor material possível em mãos, escolha as editoras que te interessam e comece a entrar em contato pra mandar seu material. Não é fácil, tem muita rejeição, mas vale a pena!

 

 

Rafaella Vieira

Autora de “Depois Daquele Beijo” e “Sete Minutos No Paraíso

Leiam muito e comecem a escrever logo. Não fique pensando se está bom ou se está ruim, se faz sentido ou não. Apenas escrevam. Quanto mais você ler e escrever, mais rápido encontrará o seu próprio tipo de estilo literário. E depois de achar o estilo e escrever o livro, tem que ter muita força de vontade e paciência para enfrentar as dificuldades do mercado editorial, o importante é nunca desistir do sonho e seguir em frente mesmo que os outros ao seu redor achem loucura.

 

 

 

Raisa Brennichi

Colunista do Nerdice.com

Normalmente quando quero parar para escrever coloco alguma das minhas bandas favoritas pra tocar (a que tenha mais a ver com o sentimento que quero passar no texto). Mas tirando isso normalmente o que me estimula a escrever é como me sinto, se estou alegre ou triste. Gosto de fazer meus textos de acordo com meu sentimento na hora.

 

 

Daniel Monteiro

Autor de conto presente na antologia “Jogos Criminais“, entre outros

Acredito que existem duas regras básicas para alguém que almeja ser escritor. 1- Escrever sobre o que gosta. 2- Escrever sobre o que conhece.
A regra 1 é muito simples, já a 2 pode não ser. Pesquisa se torna um aspecto tão importante quanto a escrita em si, para o profissionalismo de um autor. É assim que eu crio. Imagino o argumento principal, começo a questionar de diversos ângulos, para descobrir se a trama não é boba ou desconexa (muitas vezes o autor cria algo e não se dá conta que a história não possui verossimilhança). Feito isso, começo a pesquisar sobre o assunto. Ajuda a esclarecer dúvidas e é uma grande fonte de referências para a história. O que resta é apenas esforço do autor para trabalhar bem o texto de formar a prender o leitor, coisa que se adquire com a prática.

 

 

Tamires Bourbon

Fundadora e Organizadora do Clube do Livro – PE

Em geral já tenho uma idéia pré formada na cabeça do que eu quero escrever, seja um conto… uma resenha… Então o que me estimula é querer tirar isso da minha cabeça.

 

 

 

J.S. Dalmolin

Autora de “Invasora: A Convocação

Vou citar os passos que segui :

1º. Defina quem será seu público alvo;

2º. Defina o que você quer escrever para este público alvo (história de ficção, terror,
documentário, etc);

3º. Leia autores que tenham obras direcionadas ao mesmo público que você quer atingir, para saber qual é a linguagem mais adequada para esse público;

4º. Se for uma história/romance, construa o esqueleto dessa história (local; data ou época dos acontecimentos; personagens; características físicas, psicológicas desses personagens). Se for um fato histórico pesquise em documentos, em livros, etc;

5º. Leia e releia várias vezes para se certificar de que tudo esteja bem amarrado, sem faltar fatos ou ideias incompletas. Se não consegue completar a ideia no momento, anote o que você achar mais importante  e retome em outro momento. É preciso praticar para melhorar, poucas pessoas nascem com o dom de escrever a maioria precisa praticar. Quanto mais escritos você produzir mais facilmente as ideias se ordenarão em sua mente.

6º. Quando a obra estiver pronta, procure por editoras que se enquadram no seu tipo de obra e aquelas que aceitam analisar obras de autores iniciantes como nós. Enviem os resumos, mas não tenha pressa, tenha paciência.

Resumidamente, acho que é isso.

Espero ter contribuído com algo.
Abraços a todos.

 

 

Jarlilson Ricardo

Autor de “Universo I

Uma das dicas que eu posso dar (no meu caso, eu escrevo livros de ficção científica/terror), e acho que também é fundamental: quando você for escrever, se sentir mesmo a fundo, (concentradíssimo) dentro da história. Tente se sentir lá e captar tudo que você possa, e passar para o leitor, (no meu caso eu tento passar numa linguagem ao mesmo tempo dual, simples e apurada; e acho que consigo isto sim) no que você ache ideal, chamativa e prática forma de escrita (tente também fazer uma boa inovação). Detalhes que podem fazem a diferença: uma boa descrição do local (depende da cena), da situação (aí também depende da cena que você imagina). Tente fazer a história para você (só para você) e sem se preocupar com a mídia (o resto é consequência). Não se preocupe com mídia, porque se um livro for bom, logo será reconhecido, seja como for. O que eu posso falar em poucas palavras é só isto.

 

 

Agatha Félix

Autora de diversos projetos em produção

Quando quero escrever é porque simplesmente uma ideia se formou na minha cabeça e meu cérebro não para até que eu elabore um roteiro, personagens e a trama. Dependendo do tipo de coisa que quero escrever, ponho as músicas que me levem ao mundo da minha trama.

 

 

 

 

Eliane Quintella

Autora de “Pacto Secreto

Para escrever liberte-se, inclusive de você mesmo.