QUADRINHOS: SINAL E RUÍDO (CRÍTICA) + PROMOÇÃO

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Sinal e Ruído do Neil Gaiman e McKaren

Formato: Livro

Autor: GAIMAN, NEIL

Autor: MCKEAN, DAVE

Idioma: PORTUGUES

Editora:  CONRAD DO BRASIL

Assunto:  HQS/COMICS/MANGÁS/QUADRINHOS/GRAPHIC NOVEL

Edição:

Ano: 2011

Encadernacao: BROCHURA

 

 

SINOPSE:

Um dos primeiros trabalhos conjuntos de Neil Gaiman e Dave McKean, Sinal e Ruído é considerado a obra-prima da dupla. O premiado escritor e roteirista Neil Gaiman e o também premiado desenhista Dave McKean iniciaram juntos suas carreiras no mundo dos quadrinhos. Juntos ajudaram a revolucionar o gênero, trazendo para esse uma erudição gráfica inédita. Se foi Gaiman que criou o Sandman, de tanto sucesso, foi McKean que criou a imagem do personagem, inspirado em astros do rock inglês dos anos 80, como Ian McCulloch, vocalista da banda Echo and The Bunnymen. Neste Sinal e Ruído a ousadia da dupla chega talvez a seu ponto máximo. Tanto no aspecto gráfico como no roteiro que descreve os últimos dias de um cineasta e, ao mesmo tempo, os últimos dias do ano 999 d.C. Sinal e Ruído foi publicado originalmente em 1989, na badalada revista inglesa The Face, quase que como a consagração dos quadrinhos como arte. Esta edição que a Conrad traz agora foi revisada pelos autores e ampliada com novos desenhos e novos textos. Um livro que irá surpreender mesmo os mais apaixonados fãs de Neil Gaiman.

CRÍTICA:

Faz anos que não lia HQ e o tempo se torna ainda mais longínquo quando falo de Neil Gaiman e Dave McKaren, por isso ler Sinal e Ruído foi, para mim, não apenas um retorno aos quadrinhos, mas um retorno ao universo do Gaiman, porém cheguei ao final com a sensação de que o saudosismo ficou apenas para a leitura dos quadrinhos, porém quanto a imersam no mundo fantástico do Gaiman… acho que passei longe.

A parceria entre McKaren e Gaiman, se não me engano, principiou em Sadman. Mckaren era o capista oficial e deixava

Watchmen: quando o desenho é uma narrativa!

aquele ar de mistério e fantasia que permeia a obra do Senhor dos Sonhos. Mas, o seu trabalho como ilustrador/pintor/artista plástico/desenhista nunca me chamou a atenção, muito pelo contrário, deixava-me desorientado e desitaressado pelo visual. Quando li Whatchmen pude perceber que um desenhista pode transmitir essa emoção de detalhes, ao mostrar uma cena estática ou com uma sequência de imagens (como esta que está ao lado) mostrando o poder que o desenho possui sobre os olhos do leitor. A leitura visual nos quadrinhos faz parte da linguagem do próprio quadrinho.

Se isto não fosse o bastante, considero Sinal e Ruído um trabalho mais do McKaren do que do Gaiman e essa afirmação é baseada nos próprios textos que compõe a introdução da HQ. Mckaren diz – várias vezes – que a ideia foi dele e dado um sonho tido por ele, pouco antes do lançamento, este decidiu incluir dois trabalhos anteriores, pois no fadado sonho, a obra Sinal e Ruído ficaria no final de uma enorme coletânea de trabalhos do Gaiman, ou seja, no sonho havia mais Gaiman do que McKaren e neste trabalho que acabo de ler existe muito mais McKaren do que Gaiman.

  • Vamos a análise das história (sem spoilers):

Sinal e Ruído é composta de três trabalhos, sendo dois exlusivamente do Dave McKaren e o último numa parceria deste com Neil Gaiman:

Hackers

Uma motagem do McKaren sobre um texto que ele leu. O texto é muito interessante e tem seus momentos de reflexão consideráveis; as ilustrações apenas tentam transmitir a sensação de isolamento e solidão contrastando com o texto que parece uma análise anárquica da nossa sociedade.

Desconstrução

McKaren usou um embaralhador de frases, logo os textos soaram confusos e as imagens nem se falam. De todo o material que compõe a HQ este é sem sombra de dúvida o menor.

Sinal e Ruído

O primoroso texto do Gaiman sempre apegado as sutilezas chama atenção do leitor! Infelizmente o trabalho que dá nome a obra é curto e o que deveria ser um momento de deslumbramento termina antes do clímax. Concluí a leitura sentindo que gostaria de saber mais sobre o cineasta e o seu filme. Tem frases impactantes e conseguiu em vários momentos me deixar reflexivo quanto a questões como a mortalidade, o fascínio que nós temos pela morte e o apocalipse, a inquestionável realidade que o mundo continuará apesar de nosso fim corpóreo…

Como já disse acima a ilustração/colagem/pintura/desenho de McKaren que deveriam complementar o clima mórbido do quadrinho me deixou cansando e me perguntando, em certos momentos, o que ele queria dizer com certas “liberdades criativas” postas sobre o texto do autor.

Contudo, como todos já sabem, no Leitor Cabuloso nossa linha editorial é: leia e tire suas próprias conclusões, as opiniões vinculadas aqui pertencem a mim, Lucien o Bibliotecário!

AVALIAÇÃO:

Nota: 2 selinhos e meio Selinhos Cabulosos

PROMOÇÃO!!!

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